segunda-feira, 25 de outubro de 2010

espírito de Perdão – M. Lloyd-Jones
A prova de que você e eu fomos perdoados é que nos perdoamos a outros. Se achamos que os nossos pecados foram perdoados por Deus e nos recusamos a perdoar a alguém, estamos cometendo um erro: nunca fomos perdoados. Aquele que sabe que, unicamente mediante o sangue que Cristo derramou, foi perdoado, forçosamente perdoa os seus semelhantes. Ele não pode evitar fazer assim. Se realmente conhecemos a Cristo como o nosso Salvador, os nossos corações estão quebrantados e não podem ser duros, e não podemos negar perdão. Se você negar perdão a alguém, sugiro que talvez você nunca foi perdoado.

Toda vez que me vejo diante de Deus e me dou conta, ainda que pobremente, daquilo que o meu bendito Senhor fez por mim, fico pronto a perdoar qualquer coisa e a qualquer pessoa. Não posso recusar esse perdão, nem quero mesmo recusá-lo. . . Ore a Deus e diga: «Perdoa-me, ó Deus, como eu perdôo aos outros por causa daquilo que Tu fizeste por mim. Tudo o que peço é que me perdoes do mesmo modo; não no mesmo grau, porque tudo que eu faço é imperfeito. Do mesmo modo, por assim dizer, que Tu me perdoaste, eu estou perdoando a outros. Perdoa-me, como eu os perdôo em razão do que a cruz do Senhor Jesus Cristo fez no meu coração».

Esta petição está transbordante da expiação, da graça de Deus. Vemos quão importante ela é pelo fato de que nosso Senhor realmente a repete. . . (nos versículos 14 e 15 — de Mateus 6): «. . .se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas». O fato é absoluto e inevitável.

O verdadeiro perdão quebranta o homem, e ele forçosamente é levado a perdoar. Assim, quando proferimos esta oração, pedindo o perdão, nós estamos testando a nós mesmos nesse assunto. A nossa oração não será genuína, não será verdadeira, não terá valor nenhum, se não houver perdão em nosso coração. Queira Deus dar-nos a graça de sermos honestos para conosco mesmos.

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